A listinha sem fim de músicas do Nick e da Norah

A amiga bagaceira, a gostosinha nojentinha, o indie gatinho e vilipendiado, o amigo gay, a gatinha-que-não-se-acha-gatinha-mas-que-é-toda-certinha: tá tudo lá em “Nick e Norah: uma noite de amor e música”, filme que saiu, claro, direto em DVD por aqui. O livro, que foi lançado em 2008 pelo Galera Record (selo jovem e muito bem executado da Record), já era uma fofura. Referências, referências, referências: sou viciada nisso. E o livro já era cheio delas.
Vi o filme com um certo atraso, mas ainda vale comentar. Galera por aí tem implicância com clichê. Oi, clichê é bom quando é bem feito. E aí a gente volta pro começo desse post: a amiga bagaceira, a gostosinha nojentinha, etc etc etc, que existem aos borbotões por aí são TOTALMENTE verossímeis no filme. Para quem não viu: Nick (Michael Cera, que é ótimo e uma graça, mas que faz papel de Michael Cera, mal aí) toca numa banda e grava pencas de CDs para a namorada, Tris. Ah, sim: isso mesmo depois de um belíssimo pé na bunda. E quem poderia culpá-lo, néam. Exceto pelo fato da menina ser um clone mal rascunhado das gêmeas Olsen, mas oquei, ainda bem que gosto não se discute.
Vou tentar resumir e me segurar para não contar a história nas minhas palavras (amo muito uma sinopse). Nick esbarra com Norah (Kat Dennings, mais bonita na tela do que em fotos) e rola um clima e coisa e tal. Nesse meio tempo, tem um show secreto da melhor banda de todos os tempos da última semana, a pinguça sai vagando por aí, e a galere toda tenta encontrar as duas coisas (a apresentação da tal banda e a maluca trêbada). Bom, até aí tudo bem, “comédia romântica adolescente”, você já meteria o carimbo. Não é bem por aí. É coisa de gente normal, saca? Sem piadas sexistas ou escatológicas. É filme de gente que sofre com pé na bunda, gente que resolve correr atrás do ex só porque está com ciuminho, gente que enche a cara e vomita em locais impróprios. E eu nunca tinha ouvido falar do diretor, Peter Solett – me processem, meu sobrenome ainda não é Google, apesar da memória de paquiderme.

Contrariando minha condição de repórti, deixei o lead pro final. A trilha sonora é o que há. Nem tinha como ser diferente. No original, o filme é “Nick and Norah’s infinite playlist”. MAS É CLARO que tem coisa muito boa ali. Bishop Allen (assistam “Admiração mútua”, passou no Festival do Rio de 2006, e depois voltem aqui), We Are Scientists, Shout Out Louds, Vampire Weekend. Sim: indie feelings, abs. O trailer não faz justiça ao filme, mas vá lá: clica aqui pra uma provinha.

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