Pode ficar deprimida?

Olha a Keiko LynnTem gente que ouve música triste e deprime. Tem gente que vê filme triste e deprime. Eu vejo fotos e me deprimo. Existe um nível de depressão, amigas donas de casa, que está acima da inveja, este sentimento tão mesquinho e mundano. Você não quer o que a pessoa tem: você observa, percebe que não está neste patamar e simplesmente admira, se inspira, parabeniza, deseja felicidades e pensa “Deus conserve”.

Tá, a sua avó usaria essa expressão, mas é que eu uso expressões do tempo de vovó mocinha mesmo, relevem. Enfim, digressiono. De tanto ver fotos às quintas-feiras (na Revista da TV temos uma coluna chamada “Tapete Vermelho”, com fofocas das estrelas de Hollywood e capas de revista e produções e red carpets lindíssimos, que fecha… sempre às quintas) consegui catalogar os tipos de depressão vigentes no mercado.

1. A depressão hollywoodiana. Essa é clássica. Basta entrar no Red Carpet Awards, ou na InStyle, ou ver as capas da Vanity Fair, da GQ ou da _____________ (insira aqui o nome da sua revista gringa preferida).  Você vê a Scarlett Johansson toda lânguida, a Natalie Portman toda graciosa, a Dianna Agron com um vestido lindo de morrer e você só consegue pensar… “ai, até deprimi, nem nascendo de novo e voltando 12 casas no tabuleiro chego nessa fase do jogo”. Mais uma vez, o tom não é de inveja. É de admiração. Na minha frente ninguém fala mal da Drew Barrymore, tá? Defendo como se fosse amiga de infância. Quem falar mal apanha. Mesmo quando ela me deprime.

2. A depressão intelectual. É quando você admira tanto uma pessoa que é gente que faz (nota mental: mais uma expressão entregadora de idade), mas tanto, que … adivinhem, se deprime. Tipo Sofia Coppola. Gênia. Deusa. Musa. Diva. Absoluta. Se algum dia eu escrever alguma coisa que nem esta mulher talvez eu me deprima menos vendo os filmes incríveis que ela fez e que eu amo absurdamente. Enquanto isso… Sofia Coppola me deprime.

3. A depressão next door. Essa é a que por vezes evolui para a inveja. Amigas donas de casa, não, eu disse não caiam no lado negro da força. Não se deixem levar por este sentimento mesquinho. Admirem e aprendam. Minha depressão next door atende pelo nome de Keiko Lynn. É sério. Experimente dar uma olhada no blog da menina. Que roupas lindas! Que make incrível! Que Brooklyn maravilhoso e reluzente no fundo das fotos!  Sério, juro que dá até vontade de levantar, malhar, economizar dinheiro e comprar mais roupas. Rapidamente e obviamente a vontade passa e me atenho ao que posso fazer de maneira mais imediata: me maquiar e pensar em encontrar uma boa costureira no Rio, isso sim.

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